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EVP: Porque vale a pena trabalhar para si?

O que os seus colaboradores recebem em troca do tempo e comprometimento com a sua empresa? A estratégia Employee Value Proposition, conhecida como EVP, existe para responder a essa pergunta.

A proposta de valor ao colaborador, como podemos traduzir EVP, é uma série de benefícios oferecidos aos profissionais de uma empresa. Neste pacote entram vantagens como o ordenado, plano de carreira e ambiente de trabalho. Como podemos ver, EVP está diretamente relacionada à employer branding, porém, tratam-se de coisas diferentes.

Employer branding, como já visto aqui no site, refere-se mais à gestão de uma marca empregadora, ou seja, à imagem que uma empresa tem interna e externamente como local para trabalhar. Employer branding é a reputaçãode uma empresa como empregadora.E para ter sucesso nesta gestão de imagem é preciso uma série de estratégias de atração e retenção de novos profissionais. É neste ponto que chegamos à EVP.

Employee Value Proposition significa, na prática, o que uma empresa de facto oferece de diferente aos seus colaboradores. A EVP pode ser vista quase como a moeda de troca entre empregador e empregado, pois é aquilo que faz o colaborador permanecer, recusar propostas de emprego ou querer dar o seu melhor no trabalho.

A EVP é a base concreta de uma marca empregadora, que fornece de forma clara a proposta de valor, a essência de uma empresa e o que realmente tem a oferecer. Sem ela, a marca empregadora pode se resumir a um mero discurso ou a uma bela campanha.

CRIE EVP EM CINCO PASSOS

A criação de uma EVP está longe de ser um trabalho fácil. Afinal, não se trata apenas da vontade de uma empresa, mas de uma análise do que realmente é e, principalmente, de como o seu valor deverá ser percebido pelos seus colaboradores e possíveis candidatos a uma vaga de emprego.

Portanto, não estamos a falar apenas de um documento inventado às três pancadas e imposto aos funcionários. Difícil? Veja abaixo cinco passos para começar a estruturar o trabalho de EVP e assim ter um ponto de partida para esse grande desafio.

Passo 1 – Defina os seus valores

A primeira ação a ser feita para a estruturação de uma proposta de valor é olhar para dentro da empresa e entender quais são os seus pontos fortes. É importante fazer uma lista de valores e motivos pelos quais os profissionais procuraram ou procurariam a organização. Quais os benefícios e as oportunidades de desenvolvimento? Como é o ambiente de trabalho oferecido?

Responda a questões primordiais para uma pessoa que está à procura de emprego ou que esteja a trabalhar. Liste tudo o que a empresa oferece e que pode ser visto como vantajoso e atrativo. Mas, seja rigoroso e sincero. Não invente valores e benefícios que não são uma realidade na empresa.

Neste momento não adianta indicar o que a empresa espera ser, nem as metas para o futuro. A definição dos seus valores deve tomar por base o que realmente faz parte do quotidiano da instituição, ou seja, a realidade atual.

Passo 2 – Perceba a concorrência

Após perceber as questões internas, é hora de voltar o olhar para fora da empresa e fazer uma comparação com aqueles que se destacam dentro do mesmo setor. A ideia é analisar o outro para perceber se o que é visto por si como algo diferente e de destaque no mercado, realmente não é oferecido noutras empresas.

O objetivo neste momento é ter em conta que assim como há diferentes perfis profissionais, existem também diferentes propostas de valor que podem ser atrativas. Portanto, a comparação com outras empresas não deve ser feita com o intuito de cópia, mas como uma análise comparativa que ajude a perceber se algum valor destacado na lista anterior está a ser subestimado ou superestimado para o tipo de oferta da sua empresa.

Esteja atento para deixar a balança muito bem equilibrada nessas horas. Pois, mesmo que o concorrente ofereça algo que pareça ser mais atrativo e vantajoso, a proposta dele pode não ter mais peso do que a sua. Leve sempre em consideração o público que deseja atingir para saber o que faz sentido ou não oferecer.

Passo 3 – Escute o seu público interno

Imagine que a EVP é um produto e que o seu principal consumidor é quem já está a trabalhar consigo. Antes de lançar este “produto” no mercado é necessário ouvir o que os seus clientes pensam dele, certo? Por isso, o terceiro passo para estruturar a sua estratégia é dar voz aos seus colaboradores e ouvi-los de forma muito aberta.

Ao colocar os seus colaboradores na posição de clientes da sua empresa, criará a oportunidade de entender como a sua marca é vista como empregadora e se as suas estratégias de comunicação têm produzido efeito. Por isso, peça para que listem os pontos positivos e negativos de trabalhar na sua instituição e analise quais são as lacunas que devem ser preenchidas.

É claro que as mudanças não irão acontecer de uma hora para a outra, mas as transformações propostas para a consolidação de uma EVP de qualidade, devem ser sentidas no quotidiano dos colaboradores. Para isso, diversas estratégias devem ser colocadas em prática.

O resultado virá a médio e a longo prazo. Aos poucos a experiência positiva dos seus colaboradores irá reproduzir-se para o mercado. Leva tempo para que a identidade e a cultura organizacional tomem forma. Porém, mais vale apostar neste tempo e planear corretamente as suas ações do que acreditar que um documento com uma proposta vaga de valores transformará tudo em minutos.

Passo 4 – Conecte valores e objetivos

É necessário que a proposta de valor faça sentido aos envolvidos. Para isso, precisa ser vivida em todos os setores da empresa e não apenas pela equipa de recursos humanos, como pensam muitas empresas. Dessa forma, ter todos os objetivos alinhados é fundamental para uma Employee Value Proposition de sucesso.

A EVP é mais do que uma forma de se destacar da concorrência. Antes de atrair novos profissionais, a proposta é importante para assegurar uma equipa que partilha dos mesmos valores da empresa e procura o sucesso em conjunto.

Ter os objetivos claros e diretamente ligados à EVP é uma forma de mostrar com clareza os motivos pelos quais as coisas são na sua empresa. Essa segurança no que se faz eleva o nível de recrutamento e evita a rotatividade de profissionais. Faz com que sintam prazer em trabalhar no seu negócio e, como sabemos, a felicidade gera um aumento de produtividade.

Passo 5 – Tenha uma comunicação clara

O último passo está mais direcionado ao que é necessário fazer quando a proposta de valor já estiver devidamente estruturada e de acordo com o que é efetivamente vivenciado dentro da empresa. Este passo é comunicar e reforçar mensagens claras e objetivas sobre a proposta de valor.

Quando estamos envolvidos nas nossas atividades do quotidiano tendemos a ter uma certa dificuldade em assimilar coisas que nos ajudam ou fazem bem. Por isso ter um plano estratégico comunicacional para reforçar os pontos positivos de trabalhar consigo é fundamental para que não caiam no esquecimento no decorrer do tempo.

É por isso que, como dissemos anteriormente, EVP e employer branding estão diretamente associadas, embora tenham significados e funções diferentes. Ao mesmo tempo que a proposta de valor deve estar relacionada com o que a empresa oferece na sua essência, é preciso que os colaboradores vejam efetivamente essa proposta.

Por isso, depois de ter a EVP bem resolvida e compreendida, é fundamental entrar com o trabalho de employer branding para reforçar esses atributos tanto dentro como fora da empresa para assim aumentar a atratividade e a retenção de profissionais.

Assista ao vídeo e saiba mais sobre as melhores práticas de EVP

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